segunda-feira, 12 de março de 2012
Posso te ver?
E é assim o pertencer
vem devagar
e sem querer entrar, invade
Quando nega, quando foge
tropeça
Quanto mais me afasta
mais próximo estou
Me reconheço no seu olhar
e no seu, não poder olhar
Pensa que se engana
Tudo está normal
basta me ver
sai o pedestal
Você arrisca me olhar
ao me encontrar
seu peito te trai
e você cai
Pensa que se controla
que está só na beira
Mas já mergulhou
no lago do meu afago
Pra não te assustar
como um cego
Tateio levemente o seu rosto
e sua pele reconhece minhas digitais
Não receie me machucar
O que machuca é seu receiar
Sei sentir
Mas sei sair.
Augusto
Assinar:
Postagens (Atom)