quarta-feira, 29 de junho de 2011

Movimento



   Estou com os pés na linha
que limita minha vontade e
sua liberdade
Não existe mêdo em mim
Quem tem mêdo não tem movimento.

A vida é fluxo
é ciclo
é como rio que corre
Tudo que está parado não é vivo
Tudo que não flui morre.

Meus sentimentos não coalham
dentro das minhas veias
mas evaporam na superfície da minha pele
O que sinto está à vista.

Sou exagerado
mas o ridículo não me inibe mais
Feio é quem não consegue viver
o que se pode sentir.

                                          Augusto

domingo, 12 de junho de 2011

Carrossel

 

 
Já era madrugada e a luz prateada da lua clara dava lugar aos primeiros sinais do dia, quando fui acordado por um som diferentes dos normais cantos de galo. O som vinha da matinha próxima do riacho, pros lados do galinheiro. Não era um som comum para a região, um barulho de crianças     brincando em um parque de diversões. Lentamente caminhei, guiado pelos risos que se avolumavam, à medida que eu me aproximava do último faixo de lua que descia do céu.
  Não sei que dimensão era aquela, mas a árvore era um grande carrossel iluminado que girava com um barulho de engrenagem metálica.
  Do céu caíam cantando balões roseo-avermelhados, que ao tocarem as folhas daquele verde carrossel se abriam em lindas bailarinas, com saínhas volumosas e sapatilhas de ponta.
  Riam, dançavam e cantavam girando naquela mágica alegria.

                                                                                                                    Augusto