Conheci um homem que acreditava que ele era o centro.
Não sei se sua religião, sua cultura ou se sua própria natureza o convenceu disso.
Ele chegou num lugar e se certificou que ali era um bom lugar para morar
mas não se deu conta, que aquele lugar já tinha moradores.
Acreditando em sua superioridade, carpiu todo o terreno,
retirou como definia ele, todo o "mato"
Lançou base forte, levantou tijolo por tijolo, cobriu com telhas,
colocou portas e janelas e feliz entrou no seu lar.
Na primeira noite , cansado que estava deitou e tentou adormecer
Se estranhou com o chão que tremia,
algumas horas depois, assustado verificou que brotavam daquele solo
vários pendões verdes que cantarolavam como vozes num coral
eles cresciam, cresciam e o homem já não suportava mais aquela cantoria.
Deixou a casa quando o sol surgia
e contra sua alegria as flores já no telhado saldavam o dia.
O que ele desconhecia, que naquela dimensão as flores tinham sua primazia.
Augusto
Que lindos, a foto e o poema!
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